Está marcado para o próximo dia 29, às 14h, protesto para exigir do governador João Doria (PSDB) que cumpra promessa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) de levar o Museu da Diversidade Sexual para a Avenida Paulista.
O comunicado, assinado por entidades, tais como a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Aliança Nacional LGBTI+ e Mães pela Diversidade, aponta que num momento de governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro inaugurar o espaço no coração da cidade é forma de resistência.
Em 2014, em participação em coletiva da parada, Alckmin anunciou que o Palacete Franco de Mello, na Avenida Paulista, abrigaria o museu dedicado a preservar a cultura LGBT.
Aberto em 2012, o museu funciona em diminuto espaço dentro da estação República do metrô.
Foram divulgados projetos, que incluíam anexo de cinco andares ao terreno do palacete - conhecido como Casarão da Paulista - e haveria espaço para duas exposições simultâneas, além de cafeteria, restaurante, loja e auditório.
Em 2018, o Guia Gay apontou que a gestão de Alckmin terminou sem cumprir a promessa.
À época, a Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico comunicou que ainda não tinha a posse do imóvel.
O diretor do museu, Franco Reinaudo, permanecia confiante. "Pelo que sabemos, o processo de desapropriação está em andamento", disse então.
Em setembro de 2019, no entanto, o jornal O Estado de S.Paulo noticiava que o pagamento de precatórios aos herdeiros superou R$ 200 milhões e que governo de João Doria abriria processo público de seleção para escolher o projeto. Ou seja, o espaço não estava mais garantido para o Museu da Diversidade Sexual.
Em julho deste ano, Doria anunciou que o palacete seria sede de nova instituição, o Museu da Gastronomia, enterrando de vez a proposta inicial.
Na nota de protesto, as entidades lembram que o Museu da Gastronomia é importante, mas que existem outros espaços próximos ao Mercado Municipal que poderiam abrigá-lo.
"Não podemos aceitar que essa conquista da diversidade desapareça de uma hora para outra", dizem.
A manifestação está marcada para ocorrer em frente ao casarão, no número 1.919 da Paulista.