Neste domingo 1°, Tarcísio de Freitas (Republicanos) toma posse como governador de São Paulo. Ele vai receber contrato assinado quatro dias antes, na quarta 28, que determina a ampliação do Museu da Diversidade Sexual.
O político, alinhado com o bolsonarismo, não citou nenhum vez LGBT no programa de governo dele e é visto com desconfiança pelo movimento arco-íris. Esperam-se retrocessos na área.
Oficialmente, o Museu nega que tenha havido ato estratégico para que a decisão não ficasse nas mãos do novo governador. Assessoria de imprensa afirma que a assinatura estava prevista há meses.
A opção de não lidar com possíveis reveses conversadores foi usada no governo federal. Em 2018, o então presidente Michel Temer (MDB) antecipou edital de apoio a paradas LGBT para evitar que o futuro mandatário, Jair Bolsonaro (PL), tivesse gestão sobre o tema.
Nos quatro anos do mandato de Bolsonaro, o edital não foi repetido.
Em conversa com a revista Veja, o secretário de Cultura que deixa o cargo, Sérgio Sá Leitão, afastou possibilidade de problemas com o futuro governo.
"Tivemos retorno da equipe que acompanha a transição de que a avaliação do trabalho foi ótima e que não haverá necessidade de mudanças."
A reforma fará o Museu da Diversidade Sexual, que fica na estação República do metrô, sair dos 110 metros quadrados para 540 e ganhar unidade para atividades culturais e de empreendedorismo na região da Avenida Paulista.
A ampliação e melhoria estrutural faz parte de contrato de R$ 30 milhões que a entidade Instituto Odeon receberá por cinco anos para gerir a instituição, uma das poucas no mundo dedicadas ao segmento LGBT.
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