Prestes a abrir nova exposição, o Museu da Diversidade Sexual foi fechado, nesta sexta-feira 29, por decisão da Justiça.
O deputado estadual Gil Diniz (PL), conhecido como Carteiro Reaça, moveu ação popular contra o Governo do Estado de São Paulo por causa de contrato de R$ 30 milhões com o Instituto Odeon, que passou a gerir o museu no ano passado.
Segundo o parlamentar, a Justiça mandou suspender imediatamente o contrato e o funcionamento da instituição.
Há duas semanas, o Guia Gay noticiou que a juíza Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira havia determinado que as obras de expansão do museu fossem paralisadas.
Há suspeitas de irregularidade na prestação de contas do Instituto Odeon quando este geriu o Theatro Municipal de São Paulo. Cerca de R$ 600 mil da bilheteria do espaço teatral teriam sido apropriados indevidamente pelo Odeon.
O museu, aberto em 2012, foi o primeiro dedicado à comunidade LGBT na América Latina. Ele funciona junto à Estação República do metrô e parte da quantia de R$ 30 milhões iria para uma reforma, já que a institução opera em espaço tímido próximo à saída da Rua do Arouche.
Neste sábado 30, o museu abriria a exposição Duo Drag, homenagem a 50 artistas transformistas que movimentam a cena paulistana em registros realizados pelo fotógrafo Paulo Vitale.
Haverá ato de protesto na porta da instituição pelo seu fechamento, encarado por ativistas como um ataque à cultura LGBT. A manifestação está programada para este sábado, às 15h.