Por ação de deputado bolsonarista, Museu da Diversidade é fechado

Há suspeitas de irregularidade na prestação de contas do Instituto Odeon, responsável pelo espaço

Publicado em 29/04/2022
Museu da Diversidade Sexual de São Paulo é fechado
Museu funciona na Estação República do metrô há 10 anos

Prestes a abrir nova exposição, o Museu da Diversidade Sexual foi fechado, nesta sexta-feira 29, por decisão da Justiça.

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O deputado estadual Gil Diniz (PL), conhecido como Carteiro Reaça, moveu ação popular contra o Governo do Estado de São Paulo por causa de contrato de R$ 30 milhões com o Instituto Odeon, que passou a gerir o museu no ano passado.

Segundo o parlamentar, a Justiça mandou suspender imediatamente o contrato e o funcionamento da instituição.

Há duas semanas, o Guia Gay noticiou que a juíza Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira havia determinado que as obras de expansão do museu fossem paralisadas.

Há suspeitas de irregularidade na prestação de contas do Instituto Odeon quando este geriu o Theatro Municipal de São Paulo. Cerca de R$ 600 mil da bilheteria do espaço teatral teriam sido apropriados indevidamente pelo Odeon.

O museu, aberto em 2012, foi o primeiro dedicado à comunidade LGBT na América Latina. Ele funciona junto à Estação República do metrô e parte da quantia de R$ 30 milhões iria para uma reforma, já que a institução opera em espaço tímido próximo à saída da Rua do Arouche.

Neste sábado 30, o museu abriria a exposição Duo Drag, homenagem a 50 artistas transformistas que movimentam a cena paulistana em registros realizados pelo fotógrafo Paulo Vitale.

Haverá ato de protesto na porta da instituição pelo seu fechamento, encarado por ativistas como um ataque à cultura LGBT. A manifestação está programada para este sábado, às 15h.


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