O Museu da Diversidade Sexual abre, neste sábado 30, a exposição Duo Drag, com retratos de 50 drag queens que movimentam a cena paulistana.
Com curadoria de Leonardo Birche, a mostra conta com imagens feitas pelo fotógrafo Paulo Vitale e vídeos em que os artistas são entrevistados.
"Descobri que a grande maioria é tímida e reservada e usa a caracterização como uma roupa de super-heroína, um escudo protetor", revela o fotógrafo.
Para escolher quais drags seriam retratadas, Paulo diz que pretendeu mesclar vários perfis de artistas.
"Convidei drag queens de vários nichos, amadoras e profissionais, famosas e anônimas, ícones e iniciantes", explica. "Meu intuito foi explorar a magia única de cada caracterização, pois, ao usar o próprio corpo como base, essa manifestação artística é visceral e libertadora.”
Silvetty Montilla, Márcia Pantera, Kaká Di Polly, Miss Judy Rainbow, Danny Cowlt e Lysa Bombom são algumas das homenageadas.
Para o curador da exposição, artistas encontraram na montação uma forma de se expressarem livremente, de se posicionarem, de performar o que desejarem e como desejarem, burlando as barreiras e expectativas determinadas pela sociedade.
"Tentar narrar uma história da arte drag queen em São Paulo é falar sobre a potência artística que cada uma das artistas carrega, a sobrevivência cotidiana, os estigmas, as cicatrizes, as glórias e a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+", diz Leonardo.
Na abertura do evento, neste sábado, às 15h, haverá ainda lançamento do livro com retratos feitos por Paulo e selecionados por Jean Cavalcante.
ATUALIZADO: Na sexta-feira 29, o Museu da Diversidade Sexual anunciou que a exposição foi adiada.