Se São Paulo, enfim, tornou-se uma das capitais brasileiras dos blocos de rua durante o carnaval, os foliões LGBT estão dentre os principais responsáveis por essa conquista.
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Blocos de grande frequência arco-íris cresceram muito em 2017 e já são o principal foco da folia de rua na capital paulista.
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Maior cordão da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta, que desfila no domingo anterior ao carnaval na região da Consolação, reuniu este ano, segundo a Folha de S.Paulo, 350 mil pessoas - praticamente o dobro dos 180 mil do ano passado.
O Domingo Ela Não Vai foi outro que se agigantou. Dos 40 mil de sua primeira edição em 2016 passou para 150 mil foliões este ano ao ocupar ruas e largos da região central da cidade.
Na Rua Augusta, o Bloco do Desmanche, da casa noturna LGBT Espaço Desmanche manteve os 100 mil este ano, enquanto o Agrada Gregos, na Bela Vista, quadruplicou seu público: de 15 mil para 65 mil em 2017.
Estes números contribuíram para colocar o Centro - que abriga as duas áreas gays da cidade, República e Consolação - como principal locus da folia paulistana. O Arouche, por exemplo, abrigou, dentre outros blocos, o Minhoqueens e a primeira edição do Love Fest, que uniu diversos cordões e coletivos, como a Gaymada.
A Vila Madalena, que até o ano passado possuía esse título, ficou em segundo plano. Para se ter uma ideia, em 2016, 86 blocos desfilaram pela área central; este ano foram 113. Na cidade, foram 391 blocos.
Até o setor hoteleiro comemora. De acordo com a SP Turis, o número de turistas triplicou em 2017 em relação ao ano passado.
Enfim, a comunidade LGBT mostrou que não só arrasa na pinta e na fantasia como até tem poder de deslocar o epicentro do carnaval.