O conservadorismo e a arbitrariedade falaram mais alto esta semana no Reino Unido. Foi aprovada pelo Parlamento uma emenda à Lei das Comunicações, de 2003, proibindo a prática de diversos fetiches em produções pornográficas feitas no país e distribuídas online. Esta foi uma extensão da lei que já valia para os filmes em DVD.
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Estão banidos das produtoras britânicas: spanking, caning (tortura com vara), chicotadas agressivas, penetração por qualquer objeto "associada a violência", abuso verbal ou físico (independentemente se for consensual ou não), urofilia (brincadeiras envolvendo urina), role playing como não-adultos (interpretar papéis infantis no ato sexual), restrição física, humilhação, ejaculação feminina, estrangulamento, facesitting (prática de sentar-se no rosto da outra pessoa) e fisting.
Jerry Barnett, do grupo contra a censura ao sexo Sex and Censorship criticou a nova medida. "Não parece haver explicações racionais para a maioria das regras R18 [acima de 18 anos]", disse ao site Vice UK. "Eles são simplesmente um conjunto de juízos morais projetados por pessoas que têm lutado incessantemente para fazer com o que o povo britânico pare de ver pornografia".
O Departamento de Cultura, Mídia e Esportes insistiu que o certificado R18 do órgão regulador da censura no país (BBFC, na sigla em inglês) é um método "atestado e aprovado" para proteger as crianças.
"A legislação prevê o mesmo nível de proteção para o mundo online que existe nas ruas em relação à venda de DVDs físicos", disse um porta-voz do departamento ao jornal britânico The Independent.