O Instagram, o Threads e o Facebook passarão a aceitar discursos contra homo e bissexuais, inclusive os que ligam não ser heterossexual a doença neurológica.
A mudança foi anunciada na terça 7 e integra pacote de medidas para tornar aquelas redes sociais mais permissivas à diversidade de discursos sobre temas sociais e políticos.
A notícia foi divulgada em vídeo pelo próprio presidente da Meta, empresa dona das marcas, Mark Zuckerberg.
Na fala, o empresário atacou órgãos judiciais, especialmente da América Latina, que, nas palavras dele, cerceiam a expressão de pensamentos do povo.
"Estamos eliminando regras excessivamente restritivas alguns temas que frequentemente são objeto de debate político. Esses tópicos podem ser discutidos na TV ou no Congresso, e não é correto que sejam censurados em nossas plataformas", afirmou, em comunicado, o novo diretor de assuntos globais da empresa, Joel Kaplan, noticiou o jornal Folha de S. Paulo.
A nova versão das regras daquelas redes sociais é direta ao permitir discursos contra homo e bissexuais.
Nela, permite-se "alegações de doença mental ou anormalidade com base em gênero ou orientação sexual, considerando o discurso político e religioso sobre transexualidade e homossexualidade".
A mais importante entidade LGBT dos EUA, a Glaad, mostrou outros trechos das novas diretrizes tal como o seguinte:
“Às vezes, as pessoas usam uma linguagem de exclusão de sexo ou gênero ao discutir o acesso a espaços geralmente limitados por sexo ou gênero, como acesso a banheiros, escolas específicas, militares específicos, aplicação da lei ou funções de ensino, e grupos de saúde ou de apoio. Outras vezes, elas pedem a exclusão ou usam linguagem ofensiva no contexto da discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos de transgêneros, imigração ou homossexualidade. Por fim, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento amoroso. Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso."
Mark ainda expressou vontade de ajudar o próximo presidente dos EUA, Donald Trump, a lutar para que essa visão de liberdade de expressão seja aceita no mundo inteiro.
O presidente da Meta também anunciou que sua empresa deixará de usar agências de verificação para analisar se um post tem informação verdadeira ou não.
Essa estratégia será trocada por Notas da Comunidade. Já usado pelo X, esse recurso conta com a avaliação dos usuários da rede para marcar a notícia como mentirosa.