O padre Fábio de Melo voltou a se posicionar a favor da união entre pessoas do mesmo sexo. Em sua conta no Twitter, neste domingo 12, o religioso defendeu o casamento gay enquanto união civil e lembrou que o Estado deve olhar por todos.
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Em 2014, ao participar do programa Altas Horas, da TV Globo, Fábio de Melo foi questionado sobre o tema e deu uma resposta sincera. "A gente precisa dividir bem a questão. Uma é a questão religiosa, o posicionamento das religiões, que têm todo o direito de não aceitar, de não ser a favor. É um direito de cada religião. Se você faz parte daquela religião, daquela instituição, você vai submeter-se à regra. Só que há também a questão cível, que não podemos interferir, que não é religiosa, que é o direito de duas pessoas reconhecerem uma sociedade que existe entre elas", afirmou.
Veja o que disse o padre em uma série de tuítes neste domingo:
Não sou o professor Girafales, mas gostaria de fazer um apontamento. Já falei muito sobre o assunto, mas sempre volta como se fosse novidade
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
A união civil entre pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
O Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles que propõem, votam e aprovam as leis.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
Aos líderes religiosos reserva-se o direito de estabelecerem suas regras e ensiná-las aos seus fiéis. E isto o Estado também garante.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
Se sou cristão católico, devo observar o que prescreve a minha Igreja. Lembrando que o cristianismo é uma Lei inscrita na consciência.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
As igrejas não podem, por respeito ao direito de cidadania, privar as pessoas, que não optaram por uma pertença religiosa, de regularizarem
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
suas necessidades civis. Se duas pessoas estabeleceram uma parceria, e querem proteger seus direitos, o Estado precisa dar o suporte legal.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
São situações que não nos competem. A questão só nos tocaria se viessem nos pedir o reconhecimento religioso e sacramental da união.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015
Portanto, vale a regra de Jesus: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!" Mc 12, 17.
— Fábio de Melo (@pefabiodemelo) 12 abril 2015