O acolhimento dos casais homossexuais pela Igreja Católica será uma das propostas dos quatro bispos que representarão o Brasil no próximo Sínodo Sobre a Família, em outubro, em Roma.
Os religiosos que vão para a Itália foram escolhidos na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), na quinta-feira 23, em Aparecida, interior de São Paulo.
"Há uma expectativa de que o Sínodo dê uma resposta a essa questão, embora não se concentre nela”, disse o bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, um dos escolhidos, ao jornal O Estado de Minas.
As crianças adotadas por casais de gays e lésbicas também farão parte do enconto, assim como o acolhimento a católicos divorciados que se casaram de novo. “Esperamos que, no Sínodo, possamos encontrar luz, para não só iluminar genericamente, mas oferecer orientação de ordem pastoral", disse Dom Sérgio da Rocha, presidente da CNBB e arcebispo de Brasília, outro dos quatro escolhidos.
No último Sínodo, em outubro de 2014, por falta de consenso, o casamento gay ficou de fora do relatório final. Ao todo, 118 bispos e cardeais estavam favoráveis ao tema, mas 62 se opuseram. Era preciso que dois terços de religiosos estivessem a favor da união homo para ela integrar o relatório.