E a avenida Paulista e a rua da Consolação viraram mar: de gente, de muito orgulho e de alegria. Assim ocorreu a 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo antes mesmo do seu início. E tudo com um presente dos céus: o domingo, 04, esteve ensolarado, sem nuvens, bem diferente dos últimos três anos.
O primeiro trio - o da organização - estava marcado para começar a andar ao meio-dia, mas teve um atraso de quase uma hora e meia. E nem foi para esperar o povo chegar. Pouco depois das 12h a Avenida Paulista já estava tomada pelos participantes que vestiram tons de arco-íris e muitas fantasias.
Adolescentes gays e lésbicas, homens malhados, políticos, igrejas inclusivas (muitas), casais héteros com suas crianças, drag queens e transgêneros estavam animados como há muito não se via no evento.
A organização cuidou de detalhes importantes para reforçar o tom cidadão do ato. Em todo os trios, inclusive nos de estabelecimentos comerciais, havia banner com o tema da parada (Pela aprovação da lei de identidade de gênero. País vencedor é país sem homolesbotransfobia. Chega de mortes! Criminalização já!). Houve também recolhimento de doações de comida para casas que cuidam de pessoas com HIV.
O peso político da parada foi mais uma vez comprovado pela presença da ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, do deputado federal Jean Wyllys, da deputada estadual Lecy Brandão e de representantes do governo estadual e da prefeitura.