Cineasta posa pelado para divulgar novo filme gay

Longa que conta história da imprensa LGBT brasileira está na programação do Festival MixBrasil

Publicado em 08/11/2024
Lufe Steffen posa pelado para divulgar filme sobre imprensa gay e LGBT do Brasil
Lufe Steffen entrou no clima do filme. Fotos: Andres Costa

O cineasta Lufe Steffen posou pelado para divulgar seu novo longa-metragem, Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil.

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O documentário está na programação do 32º Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade, que começa na próxima quarta-feira 13 em São Paulo.

As fotos ousadas do diretor e o conteúdo do filme dialogam: grande parte do que se produziu de jornalismo gay no País perpassa o erotismo e a nudez. 

O longa revela que essa tendência se iniciou com a publicação curitibana Rose, que circulou entre 1979 e 1983. Ela foi seguida por revistas como Marilyn Monroe, Spartacus e Coverboy até chegar na G Magazine. 

Editada por Ana Fadigas entre 1997 e 2008, a G entrou para a história por ser a primeira publicação a desnudar homens famosos.

Atores, cantores, pagodeiros, sambistas, jogadores de futebol, atletas e ex-BBBs ficaram completamente nus nas páginas da G e quebrando dois tabus: o nu frontal masculino, e esse nu em estado de ereção.

João Silvério Trevisan, que foi colunista da G, revela no filme: “Para mim, era uma delícia escrever no meio daqueles paus duros!”. Nany People, também ex-colunista da G (escreveu na revista por 10 anos, de 1998 a 2008), conta no longa: “Quando os famosos começaram a posar pelados, a G deixou de ser pornô e virou cult!”

Para “homenagear” esse aspecto do filme (e também debochar da onda de famosos e ‘wannabes’ que vira e mexe posam nus ou seminus na internet), o cineasta decidiu entrar no espírito da coisa e posou em meio a um mar de revistas eróticas LGBT brasileiras antológicas, todas elas analisadas no processo de pesquisa do filme.

Mas a nudez não é novidade para o cineasta, que já tirou a roupa diversas vezes, para fotógrafos que se dedicam a clicar o nu artístico masculino. 

Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil ainda relembra, dentre outros, o histórico Lampião da Esquina (1978-1981), as diversas publicações lésbicas, como a Chanacomchana (1981-1987), e a migração desse tipo de conteúdo para a internet, com o desbravador Mix Brasil, além de portais como A Capa e o Guia Gay.

O longa é um dos seis dentro da Mostra Competitiva e terá duas sessões de exibição: no Cinesesc (14/11) e no Instituto Moreira Salles (24/11).

A programação completa estará disponível em breve no site do MixBrasil.

Lufe Steffen

Lufe Steffen

 

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