Com vários discursos em que dizem se orgulhar de estar na Câmara Municipal para defender a diversidade de identidade de gênero, Erika Hilton (Psol) e Thammy Miranda (PL) votaram a favor de projeto de lei que excluiu homens trans.
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A lei 17.574/2021 determina distribuição de absorventes íntimos na rede de ensino municipal exclusivamente para alunas.
A votação final na Câmara Municipal ocorreu dois dias depois do 28 de junho, data em que se celebra o orgulho LGBT.
Foram 54 votos favoráveis e uma ausência. A sanção do prefeito foi feita em 12 de julho.
O texto do projeto garante que além dos absorventes, sejam fornecidas para as estudantes cestas de higiene contendo lenço umedecido, desodorante sem perfume, sabonete, escova de dente, creme dental e fio dental.
Erika e Thammy, que são transexuais, apresentaram substitutivo ao projeto de lei para incluir homens trans, mas foi rejeitado. Mesmo assim, ambos deram apoio ao texto final, que mantinha a exclusão do segmento.
Em plenário, no dia da votação, a psolista ocupou a tribuna para falar da necessidade de incluir homens trans no texto.
"O que nós (ela e Thammy) estamos tentando impedir é que essa política, tão importante, não aprofunde desigualdades, estigmas e preconceitos."
Procurados por nossa reportagem para falar sobre por que não votaram contra proposta que excluía o segmento, os mandatos não responderam.
Outro projeto de lei com o mesmo tema visa fazer a distribuição a mulheres de baixa renda e está em tramitação na casa. No dia 14, a proposta foi aprovada em primeiro turno.
Thammy comemorou o fato sem dizer nada a respeito da demanda de homens trans e atestou ter votado favoravelmente na proposta.