Um grupo identitário, tal como um continente, uma nação e uma etnia, também se faz ao reconhecer os seus.
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Não que a história seja feita apenas por uns, mas é impensável negar que há sim aquelas pessoas que a fazem ganhar relevância, possuem força para aglutinar outras e mereçam ter seu nome lembrado.
Com LGBT não é diferente! Muito pelo contrário! Para um segmento identitário tão invisibilizado e perseguido por milênios, é necessário e importante distinguir quem é capaz de mover estruturas, arregimentar mentes, cativar pessoas, destacar-se e/ou ser modelo para outros.
Por esse motivo, mais uma vez, o Guia Gay, rede de cinco sites voltados à comunidade arco-íris e com dez anos de trajetória, faz a edição da lista 50 LGBT Mais Influentes do Brasil.
É nossa contribuição para que LGBT e toda sociedade possa saber, sem julgamento de valores, indivíduos que detêm estatura social de relevo e colocam seu nome dentre aqueles que possuem habilidade de construir, seja na cultura, no entretenimento, na política, no jornalismo e na economia, por exemplo, o País e, em alguns casos, também os laços que unem o segmento.
O critério não é arrolar heróis ou anti-heróis, bons ou maus, corretos ou não. Não se trata de lista guiada por representatividade de nenhum matiz para além da questão LGBT de forma geral.
Trata-se, isso sim, de compilado de personalidades com influência, que pode ser formal (tal como o de um gestor público ou empresário), derivada da fama, medida por seguidores ou pelo número de indivíduos sob seu poder, avaliada pelos impactos sociais provocados, dimensionada pelo poder de mobilização demonstrado. Tudo em 2023.
Quem aqui está conjuga o verbo influenciar. Cabe nós, comunidade arco-íris, fazer o mesmo com o reconhecer!
10º - Leo Dias
Seja em sites de cultura pop ou de bastidores da TV e até em jornais tradicionais, é difícil ler notícia bombástica sobre famosos e não se deparar com “segundo Leo Dias” ou “em entrevista a Leo Dias”. Amado por muitos, odiado por outros e temido por tantos, o jornalista teve mais um ano como referência no ofício despudorado de saber de tudo sobre celebridades antes de todos.
Em 2023, ele retornou ao Fofocalizando, do SBT, deixou a bem-sucedida parceria com o portal Metrópoles e lançou seu próprio portal. Queda de visibilidade? De forma alguma. Imune a qualquer tentativa de “cancelamento”, seus “furos” continuaram a repercutir da mesma maneira, seja sobre Neymar ou Jair Renan Bolsonaro.
9º - Raphael Sousa
Dono de um dos perfis mais com mais repercussão na internet, Raphael Sousa transformou seu Choquei em uma mina de ouro. Com foco apenas em reproduzir o que outros sites já noticiaram e sem apuração, sua marca conseguiu multiplicar seguidores ao divulgar muito conteúdo em pouco intervalo de tempo.
Ganhou inúmeras cópias em todas as redes e cresceu ao ponto de virar referência para políticos de alto escalão. Mesmo após o caso Jéssica - o suicídio de uma jovem em decorrência de notícia falsa divulgada por alguns perfis, dentre eles, o Choquei - sua marca continuou com mais de 20 milhões de fãs no Instagram e 6,7 milhões no Twitter.
8º - Tarciana Medeiros
Quinta instituição bancária do País em número de clientes (74,5 milhões) e que teve R$ 17 bilhões de lucro no primeiro semestre de 2023, o Banco do Brasil tem na presidência uma lésbica. Trata-se da paraibana de 45 anos Tarciana Medeiros, que ao tomar posse no cargo, ano passado, entrou para a história como a primeira mulher a liderar a instituição nos seus 214 anos de existência.
A executiva fala com orgulho de sua trajetória: já foi feirante e professora. Ela foi a única brasileira na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo em 2023 feita pela revista Forbes. Ocupou a 24ª posição.
7º - Luísa Sonza
Muitas vezes Luísa Sonza é comparada com Madonna pela semelhança física após procedimentos estéticos. Mas é por outra característica da rainha do pop que ela deveria ser associada: o marketing. A artista gaúcha pode dar aula de como conseguir repercussão para seu trabalho, coroada pelo episódio de uma carta desabafo sobre um ex-namorado que alavancou o sucesso da música Chico. Mas seu talento ajuda, claro.
Seu terceiro álbum, Escândalo Íntimo, mostrou uma cantora mais profunda e muito além do “quicar de bundas” de anos passados. Os números foram estratosféricos: 17 milhões de streamings em 24 horas e mais de 100 milhões em oito dias, recorde no País.
6º - Walcyr Carrasco
Ainda que Terra e Paixão seja sua novela das nove menos vista até hoje, Walcyr Carrasco respondeu pelo produto televisivo mais assistido do ano, o que fez sua criação chegar a casa de milhões de pessoas.
Aos 72 anos e com contrato milionário com a TV Globo, o escritor foi capaz de driblar os erros de escalação da emissora: com a rejeição a Bárbara Reis, que ele foi forçado a colocar como protagonista, Walcyr transformou os núcleos de Rainer Cadete/Tatá Werneck e do casal gay de Amaury Lorenzo e Diego Martins em fenômenos que fizeram o X e a dona de casa terem o mesmo assunto.
5º - Ludmilla
Ludmilla transformou sua turnê Numanice no evento que todos queriam ir em 2023. Por onde passou, mesmo em grandes espaços, ingressos esgotaram-se. No Rio, conseguiu que fãs doassem 2 mil bolsas de sangue em troca de entradas. Estreou como puxadora de samba-enredo na Sapucaí com a Beija-Flor e atraiu multidão para seu bloco de carnaval no Rio.
Em São Paulo, foi atração dos dois maiores festivais do ano: o Lollapalooza e o The Town. Garota-propaganda de grandes marcas, tais como Itaú e Shopee, a carioca de 28 anos é hoje um dos maiores nomes da música brasileira e anunciou seu navio para 2024.
4º - Erika Hilton
Ela não tolera não fazer história! A posse de Erika Hilton como deputada federal pelo Psol-SP em fevereiro de 2023 foi marco por, junto com a mineira Duda Salabert, ter sido a primeira vez em que pessoas trans passaram a integrar o Congresso Nacional. Foi eleita pela revista Time, pela segunda vez consecutiva, uma das 100 lideranças que vão construir o futuro.
Proposta sua de política nacional para pessoas em situação de rua virou lei. Ela não tolera não aparecer! Dentro de seu princípio de fazer a política ser pop, ela é protagonista de meme, está em passarelas de desfiles de moda, coleciona capas de revista e tornou-se habitué das colunas jornalísticas mais lidas do Brasil.
3º - Eduardo Leite
Aos 37 anos de idade, Eduardo Leite tomou posse como o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul, Estado com cerca de 11 milhões de habitantes e o quarto mais rico do Brasil. O único governador assumidamente gay da história do País passou boa parte de 2023 como presidente do PSDB.
Enfrentou graves desastres provocados no Estado por chuvas muito volumosas e foi voz significativa no debate da reforma tributária, aprovada ano passado, como voz dos governadores do Sul e Sudeste. Ser de oposição não o impediu de receber junto com o namorado, o médico Thalis Bolzan, na residência oficial o presidente da República Lula (PT). Seu partido é avaliado como irrelevante no cenário nacional, mas seu nome é o mais forte para representar a agremiação nas eleições presidenciais de 2026.
2º - Preta Gil
Acima dos principais influencers - que já têm poder -, há Preta Gil! Sete de cada dez usuários brasileiros de internet seguem pelo menos um dos contratados da Mynd, a maior agência de influência digital do País e da qual ela é sócia-fundadora. São mais de 400 nomes sob gestão da empresa com 170 milhões de seguidores e por volta de 30 perfis de informações, principalmente fofoca. Aí estão, por exemplo, Pabllo Vittar, Luíza Sonsa, Gina Indelicada e Pequena Lo.
Em 2023, a Mynd foi envolvida em polêmica após o perfil Choquei, um dos seus ex-contratados, ter sido acusado de levar uma jovem ao suicídio devido a fake news. Com serviços para grande parte das maiores empresas do País, a agência teve faturamento de mais de meio bilhão de reais no ano passado. Por tudo isso, o fato é que o que você come, ouve, gosta e pensa pode ter sido definido em uma reunião de meia hora da Mynd antes do almoço!
1º - Anitta
Foi mais um ano em que ela foi assunto no Brasil e fora! Mais um ano em que Anitta mostrou seu poder na música, no mundo das celebridades, na publicidade, na TV, na moda, no mundo dos negócios… Em tudo o que ela quis! E ela quis muito! O ano de 2023 foi tão cheio de conquistas, títulos e pontos altos que é necessário destacar apenas alguns por limite de espaço.
Ano passado, Anitta continuou a reinar no MTV Video Music Awards, uma das maiores premiações da música mundial. Pelo segundo ano consecutivo, ela não só levou o astronauta de prata como melhor artista latina - aplaudida de pé por Taylor Swift - , como apresentou-se no palco, desta vez com medley de canções que transformaram a arena em Los Angeles num baile de favela. Dose dupla: ela voltou ao palco para outra performance, agora com os astros do k-pop Tomorrow X Together.
No Grammy, a carioca não levou o troféu de melhor revelação, mas foi a primeira artista brasileira a concorrer em uma das quatro categorias principais desde Tom Jobim em 1968! No carnaval, levou mais de 1 milhão de pessoas ao seu bloco no Rio. Nas telas, houve muito barulho por sua participação na sétima temporada da série espanhola Elite, da Netflix. O verbete influência teve Funk Rave como trilha sonora em 2023.
>>> Clique e veja 50 LGBT Mais Influentes 2023 - 11º ao 20º lugar