Há DJs para contratar, decoração a fazer, bebidas para encomendar, staff para manter... Mas como arcar com tudo isso se o público só entra se for VIP?
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Essa questão foi levantada por Osvald Ribeiro ao anunciar em suas redes sociais o fechamento da Disel, uma das mais tradicionais boates LGBT de Goiânia.
Após um período fechado, o clube reabriu em 14 de outubro, mas os prejuízos não pararam de crescer. Por isso, a decisão de encerrar as atividades.
"Notem que grandes clubes do Brasil inteiro foram obrigados a aderirem ao tal VIP, mesmo todos sabendo que VIPs fazem bem apenas ao bolso do cliente, mas para uma empresa em si são degraus para o buraco", escreveu o empresário.
Segundo Ribeiro, mesmo com a crise financeira pela qual passa o País, "grande parte do público quer casa boa, som impecável, atendimento VIP, decoração, atrações, festas de luxo, mas não quer por a mão no bolso para pagar e quando pagam exigem valores promocionais, baratos, os quais não seguram um bom empreendimento". De acordo com ele, por causa disso, "muitos empresários da noite vivem de close, aparências, porque no fundo a situação é grave, mas camuflam".
Insatisfeito com a situação, Ribeiro decidiu fechar as portas da boate após 13 anos como referência para a noite LGBT na capital goiana. "O fim do projeto muito se deve ao comportamento ingrato do público", desabafou. "É preciso de dinheiro para bancar uma pista de dança. O seu sorriso não paga conta de energia, nem manutenção de caixa de som. Saio da cena G com a cabeça erguida, sabendo das verdades e sonhos de tudo que realizei ao longo da vida."