Prefeitura de SP pagará salário para travestis estudarem

Programa atenderá inicialmente 100 pessoas trans, mas deve ser ampliado já no segundo semestre e é prioridade para Fernando Haddad

Publicado em 09/01/2015
Programa deve ser extendido ainda nesse ano e é prioridade para prefeito

A Prefeitura de São Paulo vai implementar um projeto para tentar acabar com a evasão escolar dos transgêneros. Até o fim de janeiro, será anunciada uma bolsa de um salário mínimo por mês (no valor de R$ 788) para que 100 travestis e transexuais voltem a estudar e se matriculem em cursos do Pronatec.

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O programa, inédito na América do Sul, pedirá comprovação de frequência às aulas e custará R$ 2 milhões, valor três vezes maior do que o orçamento que o governo federal destinou a ações arco-íris em 2014.

Segundo o jornal O Globo, o projeto é prioridade para o prefeito Fernando Haddad (PT) que pessoalmente pediu a elaboração do programa. A mãe dele mora em uma área em que há prostituição de travestis. O confronto diário com a realidade das pessoas trans teria gerado a urgência no perfeito.

"O Brasil é o país que mais mata travestis no mundo. Mata quatro vezes mais do que o México, o segundo mais violento. Essas pessoas nunca foram tratadas como cidadãs, sempre foram empurradas para as ruas pelas famílias, pela escola e pela sociedade. Queremos tratá-las como gente, com a opção de se prostituir ou não - afirma Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos do município, responsável pela coordenação do programa.

O secretário de Direitos Humanos da capital, Rogério Sottili, disse à reportagem que o projeto deve ser ampliado já no segundo semestre. O objetivo é que as pessoas trans permaneçam no programa por dois anos e saiam de lá empregadas. A secretaria estima que haja ao menos 4 mil travestis e transexuais na capital paulista. 

"O Brasil é o país que mais mata travestis no mundo. Mata quatro vezes mais do que o México, o segundo mais violento. Essas pessoas nunca foram tratadas como cidadãs, sempre foram empurradas para as ruas pelas famílias, pela escola e pela sociedade. Queremos tratá-las como gente, com a opção de se prostituir ou não - afirma Rogério Sottili,

 


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