Estudo sobre uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais perigosas recebeu o Nobel de Medicina de 2020.
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O prêmio foi para os cientistas Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice por descobrirem o vírus da hepatite C.
Os vencedores dividirão quantia de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).
Secretário do comitê do Nobel, Thomas Perlmann foi questionado do porquê da honraria ser entregue agora, já que a descoberta ocorreu 31 anos atrás.
"Depois de 1989, quando o vírus foi clonado, tornou-se aparente bem rápido que era [uma descoberta] útil para a serologia, mas houve desenvolvimentos adicionais que levaram a medicamentos antivirais que se provaram imensamente importantes, e isso é muito mais recente. Mas a segunda razão é que o comitê do Nobel é muito cuidadoso antes de chegar à decisão", declarou Perlmann, segundo o G1.
Há cinco tipos de hepatite - A, B, C, D e E. Para os tipos A e B, há vacina - no Brasil, elas são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o tipo E, há imunização desenvolvida e licenciada na China, mas que ainda não está disponível em todo o mundo.
O tipo D só pode infectar pessoas que tenham o tipo B no corpo.
Para a hepatite C, não há vacina. Cerca de 30% dos infectados eliminam o vírus dentro de seis meses. O restante, no entanto, desenvolve a forma crônica da doença.
Tratamento e prevenção
Com tratamento, a chance de cura é de 95%. A doença, que ataca o fígado, por causar câncer.
A duração do tratamento é de 8 a 12 semanas, em média, e ele pode ser feito pelo SUS>
Para prevenir o contágio pela hepatite C é indicado usar preservativo em relações sexuais e não compartilhar com outras pessoas quaisquer objetos que possam ter tido contato com sangue (agulhas, seringas, escova de dente, alicates). Compartilhar alimentos e beijar outras pessoas não oferecem riscos.