Nesta segunda-feira 1º, comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Apesar da doença ainda não ter cura, o enfrentamento à epidemia tem colecionado boas notícias e caminha rumo ao controle, embora no Brasil o número de infecções estejam em aumento. A ONU já fez chamado para que todos os países se somem com o objetivo de em 2030 zerar as transmissões do vírus.
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Separamos quatro fatos que marcam essa nova era na luta contra o HIV:
1. Testes cada vez mais simples
Já foi a época em que se roía todas as unhas durante duas semanas até saber se o exame daria reagente ou não. Hoje, pode-se fazer o teste até mesmo com a coleta de saliva e com resultado entregue em 20 minutos gratuitamente. Em parceria com ONGs, o exame tem sido realizado também em portas de boates e saunas.
2. Prevenção por medicamentos
Já uma realidade em países como Estados Unidos e Austrália, a Profilaxia Pré-Exposição (PreP) está em estudo e em até dois anos pode começar a ser oferecida no País. Ela consiste na combinação de dois antirretrovirais (com o nome fantasia de Truvada) que já tratam de quem tem o vírus e também previne em até 92% o contágio de quem ainda não foi infectado.
Outra estratégia é a Profilaxia Pós-Exposição (PeP). Já oferecida pelo SUS, essa combinação de antirretrovirais deve ser tomada diariamente por 30 dias. Importante: ela só tem efeito se o início da terapia tiver início nas primeiras 72 horas após a possível infecção. Sua eficácia beira os 100%.
3. Facilidade no tratamento
A partir de dezembro, o Ministério da Saúde começa a distribuir dois dos antirretrovirais juntos no mesmo comprimido (tenofovir 300mg e lamivudina 300mg).
Outra novidade é para os soropositivos que tomam ritonavir 100mg. Até agora, ele precisava ser acondicionado no refrigerador, o que dificultava para os usuários que estavam em viagem, por exemplo. Em sua nova apresentação, ele poderá ficar em temperatura ambiente de até 30ºC.
4. Pena para quem discrimina soropositivos
Desde 2 de junho, está em vigor a lei nº 12.984/14, que pune quem discriminar portadores do HIV ou doentes de aids no Brasil. A norma penaliza com prisão de um a quatro anos e multa quem negar emprego, demitir do trabalho, segregar no ambiente escolar, recusar ou retardar atendimento de saúde e divulgar a condição de portador de HIV ou doente de aids com intuito de ofender-lhe a dignidade.