Os comprimidos diários para manter a carga viral indetectável nos soropositivos para o HIV podem ser coisa do passado. Estudo mostrou que uma injeção a cada oito semanas surtiu efeito ainda melhor que as pílulas.
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Conduzido pela farmacêutica Janssen e pela ViiV, empresa dedicada ao tratamento e pesquisa sobre o HIV, o estudo envolveu, nos Estados Unidos, 309 pessoas soropositivas divididas em três grupos.
Das pessoas que tomaram a injeção com os antirretrovirais cabotegravir e rilpivirina a cada oito semanas, 95% ficaram com carga viral indetectável. Dentre os que tomaram a injeção a cada quatro semanas, 94% mantiveram a supressão viral. No último grupo, os que tomaram oralmente cabotegravir e dois inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: 91% continuaram com carga viral não detectada.
Como o tratamento para o HIV só funciona com uma completa adesão, não é difícil imaginar que uma injeção a cada dois meses é muito mais fácil de administrar do que comprimidos diários. E uma boa adesão ao tratamento significa menos infecção pelo vírus e diminuição de novos casos. A fase 3 do estudo deve começar no início do próximo ano.