Sim, houve parlamentares federais homofóbicos eleitos em 5 de outubro, tais como Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP). Mas erra que vê a nova legislatura federal (2015-2018) como terreno dominado pelo conservadorismo. A guerra dos números é amplamente favorável aos direitos arco-íris. Exatamente: 126 deputados pró-LGBT e 61 na bancada dos fundamentalistas. No Senado, a diferença é ainda mais ampla: 4 homofóbicos e 44 aliados.
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O levantamento veio de análise da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). O trabalho foi coordenado pelo diretor Toni Reis e contou com a contribuição de 62 pessoas de 23 unidades da Federação.
Levando em conta histórico de posicionamentos públicos, projetos de lei e histórico de ações, a entidade dividiu os parlamentares em três categorias. A primeira é a de LGBT. Apenas o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) figurou na lista de não-heterossexuais assumidos.
Outra categoria foi a dos aliados. Preencheram os quesitos para estar nessa lista 169 parlamentares, dentre senadores e deputados federais. Outros 359 foram classificados como "não-mobilizados". São 33 senadores e 326 deputados. Estão aí políticos que não possuem posição clara nem a favor nem contra LGBT. Esse grande contigente será alvo de ação da entidade, diz Reis.
"Vamos fazer muito advocacy para tirar esses parlamentares de cima do muro e trazê-los para o lado dos direitos humanos. O trabalho da ABGLT será aumentar ainda mais o contigente de deputados e senadores a favor de LGBT."
Pelo jeito, os fundamentalistas terão de fazer mais barulho para dar impressão de que têm poder no parlamento! Acredita neles quem quiser!