Palco de drag queens e go-go boys, Danger Club completa 15 anos

DJ e atual diretor artístico da casa, Roberto Pinheiro fala da trajetória da casa

Publicado em 06/12/2015
A boate gay Danger Dance Club, no Centro de São Paulo
Danger tornou a rua Rego Freitas uma das mais agitadas da noite gay

Uma década e meia de história na cidade que tem a noite gay mais concorrida do País não é para muitos. A Danger Dance Club, uma das mais fervidas do centro da cidade, sabe disso e prepara série de festas para celebrar seus 15 anos.

Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook

Atuante na casa desde o início dessa trajetória, o DJ Roberto Pinheiro conversou com o Guia Gay São Paulo sobre um pouco da história de um dos clubes mais emblemáticos da cena LGBT da capital paulista. Diretor artístico da casa há cinco meses, Pinheiro fala do período em que a Danger mudou de endereço, das apresentações das drag queens e dos go-go boys que viraram marca do lugar.

Qual era a proposta inicial da casa?
A casa teve investimentos de dois empresários, que preferem o anonimato. O idealizador foi Roberto Mafra, que foi contratado como diretor artístico e deu inicio a Danger. Após a saída de Mafra, Maurinho Senne, assumiu a direção da Danger. A casa foi fundada na Rua Rego Freitas, atual endereço.

Em 2013, mudamos temporariamente para Rua Marquês de Itu, para que fossem feitas as reformas necessárias exigidas pela prefeitura. Após 10 meses, voltamos ao endereço de origem da Danger. A proposta inicial da casa foi trazer shows de drag queens e go-go boys para a região central de São Paulo. A capacidade da casa está em torno de 1 mil pessoas, continua com a mesma capacidade.

Roberto Pinheiro, DJ e produtor da boate gay Dange Dance Club, em São Paulo
Roberto Pinheiro comandando as pick-ups da Danger 

Que mudanças você percebeu na noite gay nesses 15 anos?
Nesse tempo, novas casas chegaram a São Paulo, com outras propostas, mais voltadas a DJs, e festas como pool parties, afters. O público ganhou mais opções para se divertir. A Danger seguiu as mudanças e nossa proposta atual é manter nosso público fiel que gosta de shows e também trazer a nova geração que gosta de um novo estilo de música, dança.

Para vocês, qual a importância da arte transformista e feita por drag queens?
É de suma importância, como disse anteriormente, a proposta inicial da casa foi trazer shows para região central da cidade. É uma arte que enriquece a noite LGBT. E quanto aos go-go boys, eles são a marca da Danger.

Como é a relação do público com eles?
Os go-go boys conquistaram espaço nas casas noturnas. Hoje, todas as casa abrilhantam seus palcos com boys. Com a Danger não é diferente. A relação com o público é amistosa, tem aqueles clientes que levam presentes, esperam ansiosamente a entrada deles ao palco.

Go-go boys da Danger Dance Club - boate gay de São Paulo
Belíssimos go-go boys na Danger 

Como se sentem por terem sido palco de tantos artistas da noite?
Para a Danger, é gratificante saber que os shows que produzimos circulam por todo Brasil. Um artista que divulga na internet uma performance no palco da Danger consegue ampliar sua agenda de trabalho, tamanho é o respeito que conquistamos nesses 15 anos.

Poderia citar alguns momentos marcantes nessa trajetória da Danger?
Praticamente impossível lembrar dentre tantos anos e festas. Mas afirmo que as finais do concurso Drag Danger são sempre inesquecíveis.

Roberto Pinheiro, diretor artístico da Danger Dance Club?
Roberto, junto a Leyllah Diva Black, Natasha Nathy e Victoria Vipper

 


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.