O arco-íris ficou mais fraco nesta segunda-feira, 14. Morreu em São Paulo, aos 51 anos, a cantora, escritora e ativista LGBT Vange Leonel.
Vange estava internada no Hospital Santa Isabel, no centro da capital paulista. Há 20 dias ela descobriu um câncer no ovário com metástase no peritônio (membrana que envolve os órgãos da região abdominal).
O velório ocorre na terça-feira, às 10h, no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, e a cerimônia de cremação está marcada para 14h.
Maria Evangelina Leonel Gandolfo era casada há mais de 20 anos com a jornalista Cilmara Bedaque. As duas também tinham uma parceria profissional, que começou com o CD Vange (1991), responsávelo pelo maior hit da artista, Noite Preta. A faixa foi para as primeiras posições das rádios naquele ano após ser escolhida para a abertura da novela Vamp, de Antonio Calmon.
Um segundo CD foi lançado em 1996, Vermelho. A carreira de Vange começou com a banda Nau, com quem lançou um disco em 1987. Ela lançou quatro livros: Lésbicas (Planeta Gay Books, 1999), Grrrls: Garotas Iradas (Edições GLS, 2001), As Sereias da Rive Gauche (Editora Brasiliense, 2002) e Balada para as Meninas Perdidas (Edições GLS, 2003).
O orgulho e o ativismo LGBT sempre estiveram presentes em seus trabalhos, seja na música ou na literatura. Vange Leonel chegou a assinar coluna destinada ao público arco-íris na Revista da Folha, do jornal Folha de S.Paulo, e militava constantemente em eventos em prol dos direitos gays. Como artista e como cidadã, Vange fará falta!