Os metroviários de São Paulo se uniram por uma causa nobre: protestar contra a homofobia. A campanha surge quase duas semanas depois de Danilo Putinato, funcionário do Metrô, ter sido espancado dentro de um vagão após beijar o namorado Raphael Martins.
O casal foi agredido por cerca de 15 homens, em 9 de novembro, e o caso foi registrado como lesão corporal. Raphael teve o nariz quebrado e Danilo, várias escoriações. O sindicato dos metroviários pede pela criminalização da homofobia.
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"Isso é homofobia! Nós do Metroviários Pela Base nos solidarizamos com Danilo e Raphael e fazemos um chamado à categoria para que juntos iniciemos uma campanha intensa de luta pela criminalização da homofobia!", divulgou o sindicato em sua página no Facebook, na quinta-feira 20.
Pela mesma rede social, os funcionários postaram fotos com cartazes em apoio a Danilo e seu namorado. "Essa não é uma agressão isolada, um homossexual é assassinado a cada 28 horas no Brasil. Mas essa para os metroviários tem um significado especial pois é um colega de trabalho nosso e precisamos tomar para nós uma campanha, encabeçada pelo Sindicato dos Metroviários, contra a homofobia", afirmaram.
Em nota, o sindicato pediu que a companhia faça uma campanha contra a homofobia. "Entendemos que o Metrô é uma empresa que transporta mais de 4 milhões de passageiros por dia e não tem um programa efetivo para combater a homofobia, os assédios sexuais contra as mulheres, o racismo e qualquer forma de preconceito e opressão."
Na sexta-feira 21, os metroviários ganharam apoio dos ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) à campanha. Bela iniciativa!