Acostumada a bater-cabelo em seus shows nas boates de São Paulo, Marcia Pantera viveu um papel bem diferente no filme Inferno: um líder religioso. A produção será mostrada na próxima 31ª Bienal de Arte de São Paulo, que começa em 6 de setembro.
A presença de Pantera no evento não é por acaso. Esta edição do evento focará na trangressão, transcendência e transexualidade. Travestis, drag queens e transgêneros em geral estarão tanto dentre os artistas convidados quanto como personagens das obras.
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No filme de Pantera, dirigido pela israelene Yael Bartana, há uma simulação da destruição do templo faraônico erguido pelo bispo Edir Macedo para ser sede da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Brás, na zona leste, e que será inaugurado em julho.
Também deve causar polêmica o artista peruano Sergio Zevallos, que se veste de Virgem Maria e outras personagens bíblicas em frente a lugares cujas divisões entre os sexos é rígida, como quartéis.
"Eu me transformo e me maquio nesses lugares. São personagens que crio a partir da cultura popular, imagens religiosas e até cenas pornográficas. É um coquetel de referências de sexualidade e religião", afirmou o artista à Folha de S.Paulo.
A programação completa do evento, que tem duração de três meses, será divulgada em agosto.