Integrante da chamada Bancada da Bala e eleito com apoio de setores da Polícia Militar para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado Coronel Telhada(PSDB) está em meio a pesadas críticas pela sua indicação para a Comissão de Direitos Humanos da Casa. Como uma das linhas de defesa, o parlamentar cita suas ações em prol da cidadania LGBT.
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Os senões contra o deputado vêm principalmente do movimento pela cidadania de presidiários e contra a redução da maioridade penal. Contra a pecha de que não tem conhecimento nem atuação nos direitos humanos, Telhada lista declarações e até projetos de lei pela igualdade arco-íris.
Tramita na Alesp o projeto de lei nº 600/2015, de autoria do deputado, que prevê sanções administrativas em casos de discriminações de vários tipos, incluindo por orientação sexual.
Ao Guia Gay São Paulo, a assessoria do deputado lembrou que um projeto similar foi apresentado por Telhada quando em seu mandato como vereador de São Paulo, o PL 557/2013, que ainda está em tramitação. Evangélico, o peessedebista já se posicionou a favor do casamento gay e condenou as declarações de Levy Fidelix, então candidato à presidência pelo PRTB, em 2014, que comparou homossexualidade à pedofilia.
Apesar da postura a favor de LGBT, integrantes do movimento mantêm o veto ao nome de Telhada. O ativista Beto de Jesus é um deles. "Não adianta ele defender alguma agenda de direitos humanos de LGBT. A agenda de DDHH tem que vir completa e não é possivel apoiar uma pessoa que não considera os valores integrais dos direitos e que faz asepção de pessoas, de outros sujeitos que não LGBT. Queremos e defendemos liberdade para toda a diversidade", declara.