Depois de frustrar muitos por não citar LGBT em suas falas pós-vitória, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) voltou a afirmar que dará apoio à criminalização da homofobia. A fala ocorreu na entrevista dada ao SBT Brasil, na noite da terça-feira 28.
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A afirmação é exemplar. A presidente considera a criminalização da homofobia como uma medida civilizatória e qualificou a discriminação contra LGBT de "barbárie".
"Darei integral apoio [à criminalização da homofobia]. É uma medida civilizatória. O Brasil tem de ser contra a violência que vitima a mulher. A violência que de forma aberta ou escondida fere os negros. E também tem que ser contra a homofobia. É uma barbárie."
Quanto ao casamento, Dilma não respondeu diretamente a respeito de envio de projeto de lei ao Congresso Nacional sobre o assunto. Para ela, a decisão do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a união estável - depois reconhecida como casamento - já basta. O casamento religioso, para ela, deve ser decisão de cada igreja. O movimento LGBT não defende a obrigatoriedade da realização de uniões por líderes religiosos.
No Twitter oficial da mandatária, uma prova da popularidade da questão. O tuíte com a declaração, em menos de 45 minutos, tinha cerca de 800 retuítes, número quase seis vezes maior que a marca da segunda postagem dela mais popular no dia.
Darei integral apoio à criminalização da homofobia, é uma medida civilizatória. Homofobia é uma barbárie. #DilmaNoSBT
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 28 outubro 2014