Grindr desativa GPS em países com histórico de violência antigay

Publicado em 06/09/2014

O Grindr não quer ser corresponsável pela prisão de homens somente por se relacionarem com o mesmo sexo. No sábado, 06, a empresa anunciou que desabilitou o uso de dados de segurança em países em que gays podem ser perseguidos.

"O Grindr está tomando medidas para manter os usuários seguros em territórios com histórico de violência contra a comunidade gay", disse a empresa ao site Pink News. "Qualquer usuário que se conecte ao Grindr nesses países terá, por padrão, sua distância automaticamente oculta, o que inclui Rússia, Egito, Arábia Saudita, Nigéria, Libéria, Sudão e Zimbabwe".

A companhia avisa que há muitos outros países que também já estão protegidos por essa ocultação da localização e que vai continuar a adicionar mais nações à lista. Os perfis, nestes países, continuam aparecendo de acordo com quem está mais próximo, mas ninguém consegue ver a que distância está do outro usuário.

Hackers denunciaram, nesta semana, que por meio dos dados de GPS do aplicativo é possível saber a localização exata do usuário, até o quarto onde a pessoa se encontra. Isso seria possível fazendo uma triangulação de dados dos servidores do Grindr. Um denunciante anônimo enviou mensagens nos últimos dias a mais de 100 mil usuários de 70 países - inclusive do Brasil - para alertar sobre esse suposto problema de segurança. A empresa, no entanto, disse não entender isso como uma falha de segurança. 


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