O governo federal instaurou um grupo de trabalho para mapear casos de discriminação, como os homofóbicos, na internet. Como as ações para esse tipo de crime estavam dispersas em várias áreas do governo, a ideia é integrar o trabalho para que a Polícia Federal possa agir de maneira mais eficiente.
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Para este trabalho, será usado um aplicativo que monitora em tempo real milhões de mensagens em redes sociais, tais como Facebook, YouTube, Instagram e Twitter.
O aplicativo foi desenvolvido pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo, que integra o grupo de trabalho junto à Polícia Federal e representantes de diversos ministérios.
Para a minsitra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, o número de denúncias homofóbicas aumentou porque o movimento LGBT conscientizou as vítimas a não ficarem caladas, mas para que a violência cesse é necessária a aprovação da criminalização da homofobia.
Ao jornal O Estado de S.Paulo, a ministra afirmou que tem se reunido com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que possa, na ausência de uma lei que puna ações anti-gays, usar a lei do racismo. "Se ainda não temos uma lei específica, aplicamos a geral. Mesmo sem aprovação do Congresso, não podemos virar as costas para esse tema", disse.