Ainda faltam oito anos para a Copa do Mundo do Catar, mas ela já desperta preocupações. Mudar a época do evento - do verão para o inverno (o que tem sido cogitado) - pode ajudar público e jogadores a não derreterem de calor, mas o que fazer com as restrições da cultura muçulmana ao consumo de álcool e aceitação da homossexualidade?
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Questionado sobre como vai lidar com a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, o ministro dos Esportes do país, Salah bin Ghanem bin Nasser al-Ali, disse que eles vão encontrar maneiras "criativas" para que a cerveja seja vendida. Quando perguntado sobre como seriam tratados os torcedores homossexuais, o ministro respondeu: "É exatamente como a questão do álcool".
À agência Associated Press, al-Ali disse ainda que o objetivo é receber todas as pessoas que queiram acompanhar o evento, mas "sem perder a essência da nossa cultura e respeitar as preferências das pessoas que vêm aqui. Acho que há muita coisa que se possa fazer".
A homossexualidade pode ser punida com até cinco anos de prisão no Catar. Desde que a Fifa escolheu o país como sede do principal torneio de futebol, centenas de entidades LGBT de todo o mundo criticaram a decisão. Antes desse evento, a Copa será realizada em outro país que se esmera em se tornar cada vez mais homofóbico, a Rússia, em 2018.