Em 16 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que cartórios de todo o País não poderiam mais se recusar a converter uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamento civil. Um ano depois, ao menos mil dessas uniões foram contabilizadas.
Segundo a Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), São Paulo foi a cidade com o maior número de casamentos gays: 701. O mês de outubro foi o campeão das uniões na capital paulista, com 90 cerimônias, seguido por novembro (80) e maio (73).
A Arpen aponta que entre maio de 2013 e fevereiro de 2014, foram celebrados 85 desses casamentos em Curitiba, 81 em Brasília e 68 em Porto Alegre. Levantamento da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aponta que as uniões gays somaram 130 no mesmo período.
Roraima e Acre tiveram apenas dois casamentos gays neste primeiro ano em que vigorou a decisão do CNJ. Para Antonio Calmon, conselheiro do órgão, a baixa procura em alguns Estados está relacionada ao preconceito da população. "Essa é uma questão complexa. Estamos falando de uma sociedade muito heterogênea; há pais que chegam a banir os filhos que assumem sua homossexualidade", afirmou.