Com o objetivo de facilitar a realização do sonho de ter filho por parte de gays (solteiros ou casados), a clínica israelense Tammuz abrirá, até o fim de 2015, escritório no Brasil, mais precisamente em São Paulo. A empresa oferece serviço de barriga de aluguel.
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A companhia ganhou projeção mundial pela história de seu fundador, Doron Mamet-Meged, gay que recorreu a esse procedimento e, que, ao constatar a dificuldade enfrentada e a demanda de outros homossexuais, decidiu criar o serviço. Heterossexuais são atendidos pela Tammuz, mas cerca de dois terços da clientela são de gays.
O valor do processo para homossexuais (que inclui obtenção de óvulo) vai de 50 mil a 110 mil dólares. As mulheres que geram os bebês podem ser do Nepal, Índia ou Estados Unidos. Os processos no primeiro país são os mais baratos. Os mais caros, no terceiro. Dentre as possibilidades, há uma em que os nomes dos dois pais figuram na certidão de nascimento.
Desde novembro de 2014, a agência já atua diretamente no Brasil, mas com base na sede. Em entrevista à Guiya Editora, o diretor-executivo da agência, Roy Rosenblatt-Nirr, explicou o motivo da decisão de abrir o escritório.
"Constatamos interesse grande dos brasileiros. Atualmente, temos 25 gestações encomendadas no país. Os primeiros partos ocorrerão em outubro. E vemos potencial para esse número crescer." Símbolo do investimento é o fato de o site da empresa estar disponível apenas em três línguas: hebraico, inglês e português brasileiro.
Rosenblatt-Nirr tem outro argumento para a fixação da Tammuz em terras nacionais. "Com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, os homossexuais estão vislumbrando a possibilidade real de construir famílias. Vivemos isso em Israel há cerca de sete, oito anos. E, aí, vamos mostrar que podemos ser a forma de isso acontecer."
Em novembro, foram feitos seminários da agência no Rio e em São Paulo. Em agosto, será feita nova rodada dos eventos, em que todo o processo, do ponto de vista legal e financeiro, por exemplo, é explicado. No dia 4, em Fortaleza. Dois dias depois, em São Paulo. A cidade cearense foi escolhida pelo fato de ser a capital com o segundo maior número proporcional de casamentos homo no Brasil, explica o diretor-executivo.
