Jean Wyllys criticou a redenção de Ramiro (Amaury Lorenzo) em Terra e Paixão e acredita que isso só foi decidido por ele viver um romance gay na trama.
"Sem querer me meter em algo que nem acompanhei, mas já me metendo: redimir um assassino em série e torturador a serviço do agrobusiness só porque ele vive um romance gay não é uma mensagem problemática para uma telenovela?", questionou o jornalista no X (antigo Twitter).
Ele continuou: "Assassinos em série e torturadores não mudam. Nunca soube de nenhum caso. Só deste dessa história. Precedente grave. Uma história não punir e redimir alguém tão monstruoso."
A declaração de Wyllys gerou debate. Muitos discordaram do ex-deputado federal citando, dentre os motivos da redenção, que Ramiro foi transformado pelo amor, que ele era uma "vítima do meio" e que outros vilões já passaram pelo mesmo processo.
Um dos casos mais emblemáticos, também citado pelos defensores de Ramiro, foi o de Félix (Mateus Solano) em Amor à Vida. O vilão jogou a sobrinha recém-nascida no lixo no início do folhetim e da metade para o final da novela se redimiu ao se apaixonar por outro homem.
Em Terra e Paixão, de Walcyr Carrasco e Thelma Guedes, Ramiro é o capataz de Antônio (Tony Ramos) e desde o início da trama, em maio, cumpriu inúmeras ordens maldosas do patrão, incluindo assassinatos.
O relacionamento dele com Kelvin (Diego Martins) ganhou a torcida do público e os dois capítulos em que eles eram o foco foram os recordes de audiência do folhetim.
Na reta final da trama, Ramiro enfrentou Antônio, liberou Aline (Barbara Reis) do sequestro que ele mesmo iniciou e foi chamado de herói por Kelvin.
Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.