De janeiro a setembro deste ano foram registrados 1.111 boletins de ocorrência (B.O.) por homofobia e transfobia no Estado de São Paulo, que tem 46 milhões de habitantes.
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O número é 13,5% maior se comparado com o mesmo período em 2019, que somou 978 ocorrências.
No ano passado inteiro computou-se 1.230 boletins de ocorrência - ou seja, os nove primeiros meses deste ano já representam 90% de 2019.
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Em média, são feitos 10 registros policiais por dia, o que significa um a cada duas e horas e meia.
Os números foram obtidos pela agência Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação e publicados pelo Yahoo!.
Neste ano, o mês recordista até o momento de denúncias foi junho, com 245, seguido por julho, com 178. Em 2019, o mês com mais B.Os foi janeiro, com 120.
O crime de injúria responde por mais da metade das denúncias em 2020: foram 600, que representam 54%.
Outros motivos registrados nos boletins foram: calúnia, com 113 casos (10%), ameaça, com 101 (9%), difamação, 58 casos (5%) e lesão corporal, 49 casos (4%).
Pelo Código Penal Brasileiro, o crime de injúria é punido com reclusão de um a três anos e multa. Calúnia é punida com seis meses a dois anos de reclusão e multa e ameaça, de um a seis meses ou multa.