Um policial militar foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por assassinar um morador de rua homossexual.
A 1ª Vara do Júri de São Paulo considerou Renato Tavares Rocha, de 43 anos, culpado pela morte de Silvio Ferreira Coelho, 47.
Na manhã de 8 de janeiro de 2023, Rocha estava de folga e havia acabado de sair de uma das baladas localizadas na Avenida Carlos Lacerda, em Campo Limpo, zona sul da capital paulista.
O PM parou para comer um lanche e se aproximou de Coelho, que estava dançando e conversava com pessoas na calçada.
Sem falar nada, Rocha sacou a arma e atirou na cabeça da vítima, que morreu pouco depois em um hospital próximo.
"A vítima caiu agonizando no chão, enquanto o denunciado se afastou alguns metros e, friamente, continuou comendo seu lanche, após o que guardou a arma de fogo na perna", diz a denúncia do Ministério Público de São Paulo, de acordo com o UOL.
Na denúncia, o MP afirma que o crime foi cometido por motivo torpe, "pois o denunciado matou a vítima por se tratar de homossexual que estava dançando próximo a ele, o que o incomodou. Vil e repugnante, portanto a motivação".
A polícia foi chamada e ao ser preso em flagrante Rocha passou mal e foi levado a um hospital.
A defesa alegou que ele atirou em legítima defesa, pois Coelho teria tentado pegar a arma do PM. Testemunhas do crime, no entanto, não confirmaram a versão do policial.
Os jurados acolheram a tesa da acusação de assassinato motivado por homofobia.
O fato dele ser um agente da Segurança Pública foi considerado para estabelecer a pena.