A loja Riachuelo respondeu consulta da Aliança Nacional LGBTI a respeito de um suposto apoio de seu presidente, Flávio Rocha, à união de igrejas evangélicas e católicas contra os direitos LGBT nas próximas eleições.
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Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI e do Grupo Dignidade, divulgou, na sexta-feira 2, carta dirigida à cadeia de lojas para que essa mostrasse posição clara sobre o assunto.
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Reis citou reportagem do Guia Gay São Paulo, que remete a nota publicada pelo blog Coluna do Estadão a qual afirma que Rocha é favorável ao acordo das igrejas. O empresário diz que o discurso dos "costumes" vai decidir as eleições e não a economia.
"Enfatizo que eu pessoalmente sou gay, sou cliente da Riachuelo (cartão com número final 2105) e me sinto menosprezado e discriminado pela notícia", escreveu Reis, um dos ativistas dos direitos LGBT mais reconhecidos no País.
Após o documento, o militante afirma ter recebido telefonema da executiva de conta da empresa, Bruna Chioro, e posterioramente uma declaração oficial por e-mail.
Diz a nota: "O nosso presidente, Flávio Rocha, não apoia qualquer tipo de preconceito. Ele é a favor de toda e qualquer configuração de família e acredita na felicidade das pessoas independente da sua orientação sexual."
Entretanto, reportagem do jornal Folha de S. Paulo de 31 de janeiro último registra que em palestra para 250 empreendores e empresários, Rocha afirmou que o povo brasileiro é extremamente conservador em costumes, inclusive contra a discussão sobre gênero.
E emendou com uma crítica: "mas falar disso tornou-se politicamente incorreto".