Uma das principais instituições culturais de São Paulo e também - em nossa opinião - o museu mais bonito da cidade, a Pinacoteca do Estado mostra que também preocupa-se com a diversidade e a inclusão.
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A Pinacoteca contratou seis pessoas transexuais (foto abaixo) beneficiárias do Programa Transcidadania para integrar sua equipe. A iniciativa é fruto de trabalho que tem sido realizado há alguns meses pelo Centro de Cidadania LGBTI Luana Barbosa.
Foram realizadas palestras e sensibilizações quanto à temática LGBT para os colaboradores da Pinacoteca, que possibilitaram o entendimento e o respeito às pessoas trans. A partir daí, surgiu o tema empregabilidade trans e em conversa com os colaboradores do museu foi estudada a possibilidade de inserção de pessoas trans no quadro de funcionários.
Para Maude Salazar, Coordenadora do Centro de Cidadania LGBTI Zona Norte, a contratação além de ser de extrema importância para a vida destas pessoas, abre um precedente para o movimento LGBT. "Isso mostra que cada vez mais as empresas estão interessadas em dar oportunidade, respeitar e empoderar essa parcela da sociedade que sempre teve que lutar para conseguir o mínimo de respeito, dignidade e visibilidade", afirmou.
Segundo Ivan Batista, diretor do Departamento de Políticas para LGBTI (que coordena os quatro centros LGBT da capital), esse resultado é reflexo da melhoria do Transcidadania, que com sua descentralização, ganhou capilaridade e força para chegar a lugares onde não tinha chegado. "O Transcidadania vem fechando diversas parcerias para empregabilidade e formação profissional, isso é um grande avanço para a política pública", complementou.
Criado em 2015, o Transcidadania é um programa de reinserção social, educacional e profissional criado pela Prefeitura de São Paulo dedicado a travestis, homens trans e mulheres trans.