ONG oferece R$ 5 milhões para quem fizer parada na Palestina

Dinheiro estará disponível por seis meses para qualquer entidade dos EUA que aceite o desafio

Publicado em 17/09/2024
Palestina: ONG oferece R$ 5 milhões para quem fizer parada LGBT na Faixa de Gaza
Desde retorno do conflito no Oriente Médio, parte de LGBT declarou apoio aos muçulmanos

A ONG estadunidense New Tolerance Campaign (NTC) propôs um desafio: ela doará US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) a quem organizar uma parada LGBT na Palestina.

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O anúncio, feito no site da entidade, é dirigido ao grupo Queers for Palestine, mas está aberto a qualquer ONG dos Estados Unidos que se proponha a realizar marcha arco-íris na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia.

"Isso não é uma piada. Não é um golpe publicitário. Nossa oferta é real", declarou o presidente da NTC, Gregory T. Angelo.

"No ano passado, vimos os chamados 'Queers for Palestine' e organizações LGBTQ aliadas insistirem que os territórios palestinos são 'inclusivos' — bem, aqui está a chance deles de provar isso. Estamos dispostos a colocar nosso dinheiro onde suas bocas estão para financiar uma parada do orgulho gay em Gaza ou na Cisjordânia."

O dinheiro estará disponível pelos próximos seis meses.

A entidade tentou divulgar a oferta com anúncio de página inteira em três dos maiores jornais dos Estados Unidos - The New York Times, The Washington Post e USA Today - mas os três se recusaram citando circunstâncias "inseguras" caso aceitassem.

Eles também não puderam veicular o desafio no famoso letreiro da Times Square, em Nova York, sob alegação de que os prédios da região poderiam se tornar alvos de violência.

"Este projeto destaca a falta de direitos humanos para a comunidade LGBTQ na Palestina, ao mesmo tempo em que observa que as pessoas LGBTQ vivem livremente em Israel. Também tem o potencial de ser um momento de avanço para o pluralismo e a paz em todo o mundo árabe", concluiu Angelo.

Desde a retomada do conflito armado no Oriente Médio, em 2023, com ataque de terroristas em Israel e a resposta do Estado judeu com bombardeio incenssante em terras palestinas, o tema dividiu a comunidade LGBT. Na verdade, este assunto já era motivo de controvérsia há muito tempo na comunidade, mas voltou a se destacar após este episódio bélico.

Parte de LGBT foi às ruas de grandes cidades do Ocidente e também em universidades - além de redes sociais - declarando apoio à Palestina. No entanto, nações árabes condenam a homossexualidade. Já Israel - bastante criticado por LGBT - oferece liberdade a gays e lésbicas e tem uma das paradas LGBT (em Tel Aviv) mais famosas do mundo.

 

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