Após uma das eleiçãos com tendência mais conservadora que se tem notícia no Brasil, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) terá alguns pontos de resistência arco-íris.
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Neste domingo 7, foi reeleita a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) para seu terceiro mandato com 64.487 votos.
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Uma das cantoras de samba mais famosas do País, Leci também foi uma das primeiras artistas a se declarar lésbica, lá no início dos anos 1980 - grande parte de suas contemporâneas na MPB, até hoje, se negam a falar sobre o assunto.
Também foi a segunda deputada negra eleita por São Paulo e tem como principais bandeiras as pautas das populações quilombola, negra, das mulheres e LGBT.
Bissexual assumida, Isa Penna (Psol) conquistou 53.838 votos para seu primeiro mandato na Alesp. Isa é formada advogada pela PUC-SP e já foi vereador suplente pela capital paulista.
As duas terão a companhia de duas transexuais eleitas neste domingo. Erica Malunguinho (Psol) e Erika Hilton, que integra a Bancada Ativista (Psol), candidatura coletiva de nove pessoas.
Os desafios são grandes. A maior bancada da Assembleia será do PSL, partido de Jair Bolsonaro. Nada menos que 15 deputados foram eleitos pela legenda, puxados por Janaina Paschola, que se tornou a deputada mais votada do Brasil, com 2.060.786 votos.
Na sequência, aparecem PT com 10 deputados. PSDB e PR têm 8 deputados cada. Depois vem o DEM, com 7. Os conservadores PRB e PR conquistaram 6 cadeiras cada. Psol, Novo, Podemos e PP fizeram 4 deputados. O MDB ficou com 3. Com 2 deputados, PSD, PTB e PPS. Por fim, com 1 deputado cada, PCdoB, SD, PHS, Pros, Patriotas, Rede e PDT.