Diretor artístico da parada de SP fala mal de LGBT e não valoriza outing

Reportagem o apresenta como pessoa que não levanta bandeiras

Publicado em 24/04/2017
heitor werneck
Figurinista à frente do maior ato de afirmação LGBT não vê necessidade de 'expor sexualidade'. (Foto: Ivan Shupikov)

É possível o maior ato de ativismo LGBT do Brasil, que tem como foco a visibilidade e valorização da comunidade ter como responsável direto uma pessoa que não dá valor a esses pontos? Tanto é possível, que essa é justamente a situação atual no caso da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, com 21ª edição marcada para 18 de junho. 

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Contratado pela diretoria da entidade para a função de diretor artístico da marcha e da Feira Cultural, o figurinista Heitor Werneck demonstrou, em entrevista ao site IG, que não valoriza o fato de LGBTs se colocarem como tal na sociedade, algo que vai contra o sentido máximo da marcha, que pede às pessoas para ir à rua se mostrarem e lutar por cidadania. 

'A minha posição é libertária. Ninguém precisa expor sua sexualidade", disse. A reportagem o apresenta como pessoa que não levanta bandeiras. 

Alçado ao cargo mais importante na parada fora da diretoria, Werneck tem avaliação negativa da comunidade LGBT. "Entendo que há falta de respeito dentro dela. Há desrespeito com mulheres, negros, crenças... Um xinga o outro de passivo ou ativo, por exemplo."

Ao falar da comunidade negra, há elogio e apenas uma crítica mais leve: a falta de engajamento político, que afetaria homo e heterossexuais. 


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