O candidato a vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (PSDB) já lutou contra a "ideologia de gênero", nome dado a conservadores e intolerantes a debate que inclui o conceito de transexualidade e travestilidade.
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Membro da bancada religiosa da Câmara Municipal, o vereador Ricardo Nunes (MDB) foi um dos articuladores para que se retirasse todas as menções à diversidade sexual do Plano Municipal de Educação, em 2015.
"Eu sou pela família, gênero não", gritou Nunes, segundo a Folha de S.Paulo, durante votação do plano na Câmara.
Na época, o legislativo municipal ficou repleto de faixas com a palavra "família", em apoio à exclusão de temas LGBT no plano.
De acordo com a reportagem, o candidato à vice de Covas é próximo a setor conservador da Igreja Católica, integra a bancada religiosa e tem forte influência sobre creches conveniadas, setor cuja atuação tem sido investigada.
O nome de Nunes foi anunciado na sexta-feira 11 e garante maior tempo de TV na campanha eleitoral para Covas.
A escolha de pessoa conservadora foi proposital para "balancear" os acenos progressistas de Covas durante sua gestão, diz a Folha.
Nunes venceu nomes como tais Marta Suplicy, Celson Russomano e José Datena e seu apoio foi costurado pelo governador João Doria (PSDB).