A partir desta segunda-feira 23 o Bus de la Diversidad (Ônibus da Diversidade) rodará as ruas da região metropolitana de Santiago e Valparaíso, no Chile.
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A iniciativa é do Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh), principal entidade LGBT do país, como reação ao Bus de la Libertad (Ônibus da Liberdade), chamado por ativistas de Ônibus do Ódio.
A mídia chama o caso de "Guerra dos Ônibus"
O Ônibus da Liberdade, que é laranja e patrocinado por entidade católica ultraconservadora, voltará a percorrer a mesma região, como fez em 2017, com mensagens contra o que chamam de ideologia de gênero.
Naquele ano, ativistas LGBT foram proibidos de colocar o Ônibus da Diversidade na rua. Para 2020, o Movilh chamou observadores do governo federal para garantir a contramanifestação.
No Ônibus da Liberdade, há frases tais como "Os meninos têm pênis. As meninas têm vulva. Não seja enganado. Se nasce homem, é homem. Se nasce mulher, continuará sendo" e "Eu tenho direito a ter papai e mamãe".
Já no Ônibus da Diversidade (azul) estarão estampadas inclusive frases de Carla González Aranda, justamente a filha trans de Marcela Aranda, diretora do Observatório Legislativo Cristão, responsável pelo "ônibus do ódio".
Uma das frases que serão exibidas em defesa de crianças trans é "Muitas crianças vão nascer com asinha quebrada. E eu quero que elas voem, amigo".
Serão distribuídos livros e materias acerca de educação para a diversidade. Um deles é a obra "Nicolás tiene dos papás" (Nicolás tem dois pais).
O ônibus da diversidade encerra o trajeto na quarta-feira 25 em Valparaíso.