Desde 10 de março - quando as uniões homossexuais foram legalizadas no Chile - até 8 de dezembro, o país registrou 1.644 casamentos.
Segundo os dados obtidos pela Agência Efe, a Região Metropolitana de Santiago responde por mais da metade dessas uniões (870).
Na sequência, aparecem Valparaiso (220), O'Higgins (90) e Biobío (73). As regiões com menos casamentos foram Magallanes (14) e Aysén (5), as duas mais ao sul do país.
Um dos diretores da a Movilh, maior entidade LGBT do país, Ramón Gómez, celebra os dados.
"Estamos muito felizes que um número significativo de casais do mesmo sexo possam ter acesso a direitos iguais, tanto para eles quanto para seus filhos por meio do casamento. São casais que há anos ansiavam por essa possibilidade, que até pouco tempo atrás era um sonho, mas hoje é uma realidade”, disse à Efe.
Pesquisa realizada pela associação, este ano mostrou que para 69% dos entrevistados a aprovação da lei foi um "fato histórico". Outros 30% consideraram um "acontecimento relevante".
Dos casais homossexuais que se uniram, 82,7% disseram que não tiveram nenhum tipo de problema para conseguir se casar; 13,6% afirmaram terem tido contratempos, mas "nada relevante".
No entanto, 2,1% tiveram problemas no registro de dados do livro da família, certidão de nascimento ou outros documentos e resolveram as pendências. Apenas 1,6% ainda não conseguiram resolver questões burocráticas.
Gómez acrescentou que "os números são claros: os casamentos estão acontecendo em todo o país, fato particularmente significativo, já que em outras regiões além da metropolitana, o debate e a abertura sobre famílias homoparentais e casais do mesmo sexo é muito menor. Apesar disso, casais homossexuais estão fazendo história exercendo seus direitos em todas as regiões e, nesse processo, ajudando a conscientizar sobre a não discriminação em suas localidades, muitas delas bastante conservadoras".