Joel Junior é tão esotérico assim! Solicitado a se definir, ele diz ter 32 anos, ter nascido em São Roque (SP) e ser "ariano, com ascendente em escorpião e lua em sagitário".
O intangível é tão marcante na sua personalidade que, caso vença a disputa por cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo pelo PV, promete fazer seu mandato com base na espiritualidade.
Homossexual, o paulista também possui projetos para a cidadania arco-íris. Conheça as proposta de Joel na entrevista a seguir.
O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em direitos LGBT, mas ainda há desafios para a cidadania arco-íris. Quais suas propostas para que São Paulo avance nesse campo?
Antes de tudo, precisamos apoiar o combate ao preconceito com políticas públicas voltadas a educação. O preconceito infelizmente ainda é iminente. É nosso dever construir base de conhecimento lúdico para que no futuro tenhamos um Estado como referência de justiça e liberdade.
Não queremos ferir a fé, muito menos impor nada a ninguém que não seja respeito. Com ações corretas, poderemos talvez de forma participativa criar projetos que ajudem nosso Estado.
O programa JustLoveSP, que baseia-se em um truck itinerante para tratamento de infecções sexualmente transmissíveis e oferta de ajuda psicológica, será pauta para parceria público/privadas. Esse programa foi crucial em diversos países da Europa e pode funcionar muito bem no Brasil começando por São Paulo.
Fora a questão LGBT, quais seus projetos para a população de São Paulo em geral?
Quero ser um deputado diferente e participativo em programas sociais. Tenho projetos para empreendedorismo e penso muito em criar leis que ajudem o meio ambiente em pontos tais como utilização de energias limpas e sustentáveis.
Também pretendo criar leis que ajudem os menos favorecidos e aqueles à margem da sociedade. De maneira lúdica, digna e eficiente e por meio da educação e inclusão conseguiremos ter essa capacidade.
Em que seu mandato vai se diferenciar em relação ao que se tem na política atualmente?
A grande diferença entre tudo e todos é a vontade, e a nossa religião é o amor. A espiritualidade deve sim estar em pauta, com seriedade. A vida é um reflexo e temos a capacidade da transformação.
O planeta pede socorro e nós como cidadãos na condição de poder temos a obrigação de nos dispor a criar o que deve ser criado. A arte e cultura despertam a criatividade. Formaremos um grande grupo de solidariedade aos humanos, à fauna e à flora.
Essa entrevista faz parte de série do Guia Gay São Paulo com candidaturas de pessoas LGBT. O objetivo é dar visibilidade as suas propostas de forma a colaborar com a decisão do segmento arco-íris e simpatizantes na hora do voto.