Uma das maiores artistas do meio LGBT do Brasil, Silvetty Montilla usou suas redes sociais nesta sexta-feira 19 para criticar o esquecimento de grandes representantes da cena LGBT paulistana na 1ª Parada Virtual do Orgulho LGBT de São Paulo.
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A live, realizada no domingo 14, substituiu versão presencial do evento, que ocorreria no mesmo dia e foi transferida para 29 de novembro.
Silvetty ressalta que não critica os apresentadores do evento, que foi comandado em suas oito horas de duração por youtubers.
"Eu não vi nada dessa live, mas pessoas me perguntaram por que eu não estava lá", disse a artista. Ela questiona a razão de não ter sido convidada e faz menção ao Guia Gay São Paulo.
Explica-se: após a repercussão da reportagem do site sobre a live, que questionava a falta de artistas históricos da cena paulistana, tal como Silvetty, um dos organizadores da parada afirmou à nossa reportagem que Silvetty havia sido convidada. Ela foi informada disso, pelo telefone, e negou.
"Eu só queria saber quem que me ligou, quem que falou 'Silvetty, eu estou te convidando para participar da parada on-line'?".
No vídeo, a artista diz saber que dois integrantes da associação que promove a parada não gostam dela.
Silvetty cita inúmeras artistas pioneiras, tais como Dimmy Kieer, Márcia Pantera, Thalia Bombinha, Michelly Summer e Leonara Áquilla, que "poderiam ter feito parte [da live] ou pelo menos terem sido homenageadas".
Ela diz ainda está há cinco anos afastada do evento e que, ao contrário do que lhe perguntam, nada tem contra Tchaka, apresentadora oficial da marcha hoje, posto que já foi ocupado por Silvetty anos atrás.
Em resposta, no próprio post da artista, a assessoria da parada afirma que conversou com Silvetty na noite desta sexta, que o convite foi feito e "por algum motivo ela ou o seu assessor não viram, como ela mesma cita no vídeo (temos inclusive os prints) e já está tudo conversado".