O sonho de ser um ator transformista é o que move Jesus (Héctor Medina) no drama Viva, que chega aos cinemas de São Paulo nesta quinta-feira 1º.
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Jesus é um jovem de 18 anos, cuja mãe morreu e o pai desapareceu quando pequeno, e que luta sozinho para sobreviver. Com talento para cabeleireiro e maquiador, ele atende senhoras em sua casa e drag queens em uma boate.
Mas o rapaz não quer apenas ajudar a transformar as performers nos bastidores, seu objetivo é estar no palco. E ele consegue, mas é justamente quando surge um personagem que mudará sua vida.
Após 15 anos longe do filho, Ángel (Jorge Perrugorría), um ex-boxeador ressurge e se muda para a casa de Jesus. Alcoólatra, o homem fica violento quando bebe e impõe sua presença na casa e seu desejo: que Jesus deixe os palcos.
A partir daí, entre embates e palavras não-ditas, os dois passarão não só a conviver, mas, aos poucos, a entender melhor o outro, até uma nova descoberta alterar o percurso desse relacionamento.
Apesar de contemporâneo, o longa é repleto de canções de divas cubanas ou radicadas na ilha que tiveram seu auge entre as décadas de 1940 a 1960, como Zoraida Marrero, Rosita Fornés e Elena Burke, o que confere um charme a mais.
E ainda que passado inteiramente em Havana, o longa de Paddy Breathnach, é uma coprodução irlandesa, o que o permitiu ser o indicado da Irlanda ao Oscar de filme estrangeiro em 2016.
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