A pílula que previne a infecção pelo vírus HIV não precisa mais ser tomada diariamente.
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A determinação é da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgada na semana passada em conferência sobre ciência do HIV (IAS), na Cidade do México.
Conhecida como Prep, a profilaxia pré-exposição ao HIV consiste na ingestão de um comprimido que contém entricitabina e tenofovir. O nome comercial, em outros países, é Truvada.
A nova indicação da OMS, segundo a Folha de S.Paulo, é que o medicamento seja tomado nas horas que antecedem e que se sucedem a relação sexual.
O esquema 2+1+1 baseia-se na ingestão de duas pílulas entre duas e 24 horas antes de o sexo ocorrer, mais uma pílula 24 horas depois da primeira dose e uma última pílula nas 24 horas depois.
Caso as relações sexuais aconteçam por dias seguidos, deve-se tomar um comprimido diariamente até 48 horas após o último encontro.
No entanto, este esquema é recomendado apenas a homens que transam com menos frequência ou que possam planejar as relações com pelo menos duas horas de antecedência - o tempo mínimo para o medicamento fazer efeito.
A Prep é indicada apenas a homens cis gays e bissexuais - ela não é indicada a mulheres cis ou trans e homens cis ou trans héteros.
No Brasil, o Ministério da Saúde analisa a nova recomendação da OMS. Por enquanto, ainda vale no Sistema Único de Saúde (SUS) a norma de uma pílula diariamente. A eficácia é de quase 100%.
O índice de prevalência do HIV na população em geral brasileira é de 0,4. Dentre gays e homens bissexuais, no entanto, a taxa é de 10,5. Dentre mulheres trans, 31,2%.