Acessório básico para dar aquela caprichada no visual em festas especiais e principalmente no carnaval, o glitter está com os dias contados.
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A depender dos cientistas, ele seria banido hoje! O motivo? Ele afeta a vida marinha e, por conseguinte, a sua também. "Eu acho que todo glitter deveria ser proibido, porque é microplástico", disse a antropóloga ambiental Trisia Farrelly, da Universidade Massey, da Nova Zelândia, ao jornal The Independent.
Os microplásticos são fragmentos de plástico com menos de cinco milímetros de comprimento. Do plâncton às baleias, inúmeros animais marinhos acabam comendo o glitter, às vezes com consequências fatais para eles. Quando nos alimentamos desses animais, a purpurina, portanto, também entra, por tabela, em nosso organismo.
Estudo liderado pelo professor Richard Thompson descobriu que o plástico foi encontrado em um terço dos peixes do Reino Unido. Estimativas apontam que existem até 51 trilhões de fragmentos de microplástico nos oceanos.
E não é só na maquiagem e nas roupas que o glitter está. "Quando as pessoas pensam em glitter, elas pensam em festas e roupas", afirmou a cientista. "Mas o glitter também inclui o brilho em cosméticos, o tipo mais cotidiano que as pessoas não pensam tanto."
A maioria desse tipo de glitter é feita de aluminío ou polietileno tereflalato, também conhecido como plástico PET. Tais produtos, segundo a reportagem, foram associados com o aparecimento de tipos de câncer e doenças neurológicas.
A solução, dizem os especialistas, pode ser o uso de um glitter ecológico que se destrói rapidamente e não entra na cadeia alimentar. A cadeia de cosméticos Lush, por exemplo, já substituiu o glitter de seus produtos por alternativas sintéticas e biodegradáveis.