Santa Ceia? Veja qual foi a inspiração para cena nas Olimpíadas

Houve momento que gerou grande polêmica, a encenação do que seria uma 'Santa Ceia' com temática LGBTQIA+

Publicado em 30/08/2024
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Cena rolou ao som de música de setlist criado por Barbara Butch, que é lésbica

As Olimpíadas de Paris 2024 acabaram em 11 de agosto deixando saudade. Agora só daqui quatro anos teremos aquele momento no qual tudo que se fala é esporte.

Além do ápice nas várias modalidades esportivas para os atletas, as Olimpíadas deixaram um legado de inovação na história do evento, como também de representatividade, até com uma cena que gerou bastante polêmica.

Diretor criativo nega apresentação ser paródia de “A Última Ceia”?
Os Jogos de Paris foram palco para o Brasil trazer medalhas bem representativas. Os destaques foram para as mulheres, que conquistaram as nossas três medalhas de ouro, Ana Patrícia e Duda, Beatriz Souza e Rebeca Andrade.

Vimos também os Estados Unidos manter sua hegemonia na competição, sendo 1º lugar ao conquistar várias medalhas em esportes que têm tradição como no basquete masculino, atletismo, entre outros.?

Porém, antes dos jogos, durante a cerimônia de abertura do evento, que foi dessa vez fora dos estádios, houve um momento que gerou grande polêmica, a encenação do que seria uma “Santa Ceia” com temática LGBTQIA+.

A cena rolou ao som de uma música que estava entre o repertório do setlist criado por Barbara Butch, lésbica e importante representante do movimento feminista.

O momento repercutiu pelo mundo todo e gerou revolta entre vários grupos cristãos que acusaram a cena de parecer um momento de zombaria, com a semelhança em relação ao quadro “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, que tem Jesus ilustrado.

Porém, esta não é a real inspiração da cena “Festividade”, que foi um dos vários momentos chocantes e atraentes da apresentação.?A encenação não foi uma paródia da Santa Ceia. A informação foi, inclusive, confirmada pelo responsável, o cerimonialista e diretor criativo Thomas Jolly.

Ele quis, na realidade, representar uma festividade pagã ligada aos deuses do olimpo, passando uma mensagem de inclusão e diversidade. A cena criou certo desentendimento por parecer a mesa da Santa Ceia, com Jesus e seus apóstolos sendo representados por pessoas de todos os tipos.

Cena “Festividade” é inspirada na mitologia grega
Entretanto, a cena foi, claramente, por muitos, mal interpretada, já que em cima da mesa podemos ver o ator francês Philippe Katerine, seminu e pintado de azul, fazendo toda referência a Dionísio, deus grego do vinho e das festividades.

Outras celebridades que também compuseram a mesa, entre as drag queens, estavam Piche, Paloma e Nicky Doll, como também Raya Martigny, mulher transgênero que desfilou no evento.?

A própria DJ Barbara Butch, também estava à mesa, entre negros, homossexuais, estrangeiros, homens, mulheres, dentre outras figuras que buscaram representar todos os publicos durante toda encenação.

Na realidade o momento pareceu mais a “A Festa dos Deuses”, do pintor Jan van Bijlert, pela pluralidade e ligação com a cultura grega que possui, por mais que não tenha sido confirmado por Thomas Jolly.?

Representatividade esteve em pauta nas Olimpíadas
Esta foi a terceira vez que as Olimpíadas aconteceram na capital francesa, inclusive, a edição marca o centenário da última vez que ela aconteceu na França, que significou muito avanço para o evento.

Desta vez, nas Olimpíadas em Paris 2024, o lema da liberdade, igualdade e fraternidade estava difundido por tudo que foi pensado para o evento.

Um ponto que foi destaque na organização foi a equidade de gêneros, onde houve vagas para 157 homens, 152 mulheres e 20 mistas, algo muito próximo de uma paridade. A própria logo do evento também é inspirada em uma mulher, Marianne, símbolo da revolução francesa, que teve seu rosto representado por meio do formato da medalha, com seus cabelos sendo desenhados por uma chama olímpica no interior.??


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