Durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no domingo 17, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) cuspiu na direção do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
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Em sua página no Facebook, Wyllys explicou que Bolsonaro o insultou com gritos de "veado", "queima-rosca", "boiola" e "outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída". De acordo com a jornalista Rosane Oliveira, entretanto, a cusparada acertou outro parlamentar, Luiz Carlos Heinze (PP-RS).
Wyllys também lembrou que Bolsonaro dedicou seu voto a favor do impeachment a um dos torturadores de Dilma, Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI, durante a ditadura militar.
Ao proferir seu voto, Wyllys, o único parlamentar abertamente gay do Congresso, disse: "Em primeiro lugar eu quero dizer que estou constrangido de participar desta farsa, desta eleição indireta, conduzida por um traidor, conspirador, e apoiada por torturadores, covardes, analfabetos políticos e vendidos. Essa farsa sexista. Em nome dos direitos da população LGBT, do povo negro das periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem-teto, dos sem-terra, eu voto não ao golpe. E durmam com essa, canalhas!"
A confusão ocorreu logo depois de seu voto. Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro, disse à Folha de S.Paulo: "Jean tentou cuspir no meu pai porque ele estava falando 'tchau, querida, tchau, querida'. Eles é que têm o discurso do ódio. Eles falaram na tribuna de (Carlos) Marighela, quando meu pai falou de Coronel Ustra. Eles tiram a calcinha pela cabeça. A democracia só vale quando é a favor deles."