A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não é território livre para expressão de ódio e preconceitos. O edital com as normas da prova, importante forma de acesso a cursos de nível superior, é claro: quem for contra os direitos humanos zera a redação.
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No item 14 do edital publicado pelo Ministério da Educação e que dispõe sobre as correções do exame, é informado que será atrubuída nota zero à redação "que apresente impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, bem como desrespeite os direitos humanos".
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Em 2015, o mesmo parágrafo também proibia tais manifestações. Na redação, cujo tema foi violência contra mulher, quem dissesse, por exemplo, que nascer em corpo masculino impedia a identidade com o sexo oposto teria a prova anulada.
A inclusão respeitosa de LGBT também está em outro ponto da prova. Para o exame que será realizado em 5 e 6 de novembro, 407 alunos transgêneros usarão o nome social no exame, quatro vezes mais que em 2014, quando a norma sobre a nominação passou a vigorar.