LGBT que anulam o voto, apertam a tecla branco na urna ou ainda ostentam o discurso de "não gosto de politica" devem ler atentamente esta notícia. O presidente do Partido Social Cristão (PSC), Vitor Nósseis, sugeriu impedir que a mídia mostre homossexuais.
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A ideia foi expressa na propaganda política da agremiação levada ao ar em rede nacional na quinta-feira 28. Líder do PSC desde a fundação, em 1985, Nósseis emoldurou a ideia atentatória à liberdade com fala pretensamente contemporizadora.
"Acho que ningúem pode ser nem a favor nem contra ao homossexualismo (sic) - essa é uma posição pessoal minha. O homossexualismo está aí desde tempos imemoriais. Agora, o que eu sou contra, é você fazer lobby disso, é você fazer propaganda favorável dentro das escolas. É você incentivar, através dos meios de comunicação falada, escrita e televisionada, as crianças!" - (a partir dos 6'48 do vídeo abaixo).
A proposta, que não foi detalhada, se assemelha à lei russa que penaliza qualquer manifestação neutra ou positiva à homossexualidade. O simples fato de andar em rua pública com uma bandeira do arco-íris é motivo para atuação da polícia com objetivo de aplicar a lei. A mídia e as escolas são vetadas de falar de LGBT. E para os homofóbicos lá e no Brasil, mostrar um casal lésbico em uma novela já seria "propaganda".
O ideário de Nósseis pode ser entendido ainda pela defesa que ele faz da Ditadura Militar no Brasil e pela bonita frase seguinte: "O verdadeiro cristianismo não segrega, não exclui, não discrimina. Aceita a todos." O PSC, do deputado federal Marco Feliciano (SP), é apresentado no vídeo como legenda religiosa.
Quem é pior, um homem que assim se expressa ou um LGBT que se exclui do processo político e dá espaço para um partido religioso ganhar poder?